O Trem Azul – Flávio Venturini
NOTA: 3,2/10
Mais um tempo se passa, e Flávio Venturini lança mais um disco, O Trem Azul, com uma pegada mais introspectiva. Após o Beija-Flor, Flávio decidiu tentar mesclar o lirismo da MPB com elementos mais voltados para o R&B, em um período de consolidação de sua identidade artística. Além disso, ele buscava resgatar alguns elementos progressivos dos tempos de 14 Bis e O Terço. A produção foi conduzida pela dupla Christiaan Oyens e Marcelo Mariano, que tornaram os arranjos mais detalhados e a instrumentação mais sofisticada, com participações de músicos consagrados e elementos que realçam o tom poético e introspectivo de Venturini. Apesar disso, o resultado alcançou uma sonoridade que chega a ser exaustiva e carece de bons elementos rítmicos. O repertório é fraquíssimo, com poucas canções interessantes. Assim, trata-se de um trabalho muito ruim, que parece não ter alma.
Melhores Faixas: Paisagem Da Janela, Tão Seu, Cais, Criaturas Da Noite
Piores Faixas: Planeta Sonho, Amor De Índio, O Trem Azul, Travessia
Porque Não Tínhamos Bicicleta – Flávio Venturini
NOTA: 5,9/10
Um tempo se passa, e, em 2003, Flávio Venturini lança Porque Não Tínhamos Bicicleta, seu 7º álbum de estúdio. Após o fraquíssimo O Trem Azul, esse novo trabalho tenta mesclar elementos da MPB com o Pop Rock que estava em alta na época, principalmente por conta de bandas como Capital Inicial e Jota Quest. Flávio decidiu explorar temas introspectivos e melancólicos, característicos daquele período. A produção ficou novamente a cargo de Torcuato Mariano, colaborador de longa data de Venturini, trazendo uma sonoridade que destaca piano, cordas e sopros, tudo para reforçar o conceito de um álbum temático. Contudo, o resultado é arrastado, com melodias que não se conectam bem com as letras. O repertório apresenta algumas canções interessantes, como a que conta com a participação do Caetano Veloso, mas, logo depois, é seguido por várias faixas genéricas. No fim, apesar de ser melhor que seu antecessor, não deixa de ser um trabalho bastante irregular.
Melhores Faixas: Máquina do Tempo, Céu de Santo Amaro, Onde o Vento faz Morada, Minha Estrela, Pra lembrar de nós
Piores Faixas: O Melhor do Amor, Trator, Sob o Sol do Rico
Luz Viva – Flávio Venturini
NOTA: 7/10
Três anos depois, Flávio Venturini lança mais um álbum ou coletânea, intitulado Luz Viva (confuso, né?). Após o Porque Não Tínhamos Bicicleta, Venturini decidiu dar uma pequena pausa em suas composições e lançar um trabalho que seria um compilado, reunindo suas faixas de maior sucesso. A produção é diversificada, com nomes como Torcuato Mariano e Mayrton Bahia, e arranjos sofisticados que mesclam instrumentos acústicos e eletrônicos. O que poderia ter acontecido é que Flávio regravasse todas as músicas, mas ele optou por compilar as versões originais e incluir duas faixas inéditas. O repertório ficou bem ordenado, mas as canções inéditas são desiguais: uma é interessante, enquanto a outra é sem graça. No final de tudo, apesar de ser uma coletânea bem-feita, sua produção pareceu desnecessária, a ponto de não ter recebido muita divulgação.
Melhores Faixas: Noites Com Sol, Céu de Santo Amaro, Emmanuel, Aquela Estrela (faixa inédita)
Piores Faixas: Música, Ser Tudo O Que Eu Quis (faixa inédita)
Canção Sem Fim – Flávio Venturini
NOTA: 4/10
No ano seguinte, Flávio Venturini lança mais um álbum de estúdio, o Canção Sem Fim, que não traz muitas mudanças. Após o Luz Viva, Flávio continuou focado em shows, até que finalmente decidiu voltar a compor e apresentar um material inédito que combinasse com seu estilo, transitando entre a música popular e arranjos sofisticados. A produção, conduzida pelo mesmo produtor de sempre, tentou ser o mais detalhista possível, destacando as linhas vocais de Venturini e o uso de arranjos instrumentais um tanto pasteurizados. Infelizmente, isso resultou em mais do mesmo, semelhante aos trabalhos anteriores. O repertório é fraco, com pouquíssimas canções interessantes, enquanto a maioria soa genérica. No fim, é um trabalho extremamente monótono, evidenciando uma grande decadência na carreira.
Melhores Faixas: Amor Pra Sempre, Retiro da Pedra, Flores de Abril, Belo Horizonte
Piores Faixas: Aqui no Rio, Melhores Dias de um Verão, Fênix, Canção Sem Fim
Não Se Apague Esta Noite – Flávio Venturini
NOTA: 2/10
Indo para 2009, Flávio Venturini lança Não Se Apague Esta Noite, um álbum ao vivo que mais parecia de estúdio. Após o Canção Sem Fim, Flávio decidiu que esse novo trabalho fosse ao vivo, apresentando uma visão intimista, com temáticas que exploram o amor, a efemeridade da vida e a contemplação. Gravado em Belo Horizonte, São Paulo e Paris, com produção de Fabiane Costa e Chico Neves, o disco valoriza texturas sonoras que vão desde arranjos acústicos até orquestrações sutis. De certo modo, tudo foi muito bem gravado, mas alguns arranjos novos ficaram completamente fora de contexto. O repertório, embora traga algumas canções já conhecidas e participações especiais decentes, como as de Cláudio Venturini e Mart'nália, também inclui outras ridículas, como a de Luiza Possi. No geral, mesmo considerando as faixas inéditas, tudo aqui é péssimo. Em suma, é um disco muito ruim que, apesar da proposta, acaba sendo extremamente tedioso.
Melhores Faixas: Romance, Pierrot
Piores Faixas: Beija-Flor, Noites Com Sol, Não Se Apague Esta Noite, No Trem Do Amor
Então é isso e flw!!!