Wild Life – Wings
NOTA: 9/10
Voltando lá para 1971, foi lançado o álbum de estreia da banda Wings, intitulado Wild Life. Após o fim dos Beatles e da dissolução do projeto do Paul McCartney com sua esposa Linda, ele procurou seguir uma nova direção musical. Tentava estabelecer uma nova identidade fora dos Beatles, e a formação inicial dos Wings consistia principalmente de McCartney, Linda McCartney, Denny Laine (ex-Moody Blues) e o baterista Denny Seiwell. A produção foi conduzida pelo próprio Paul McCartney, com as gravações realizadas em apenas duas semanas. A abordagem foi minimalista, com uma certa falta de refinamento, mas tudo é muito bem encadeado. Claro que é possível perceber que os vocais são desleixados, e os arranjos, bastante secos, combinam com a temática meio Folk apresentada. O repertório é muito bom, e as canções são melódicas e com um toque envolvente. Em suma, é um disco bacana, apesar da falta de refinamento.
Melhores Faixas: Wild Life, Love Is Strange, Bip Bop, Dear Friend
Vale a Pena Ouvir: Some People Never Know, Tomorrow
Red Rose Speedway – Paul McCartney And Wings
NOTA: 10/10
Melhores Faixas: My Love, Little Lamb Dragonfly, When The Night, Big Barn Bed
Vale a Pena Ouvir: One More Kiss, Get On The Right Thing, Single Pigeon
Band On The Run – Paul McCartney And Wings
NOTA: 10/10
E aí, perto do final do ano, foi lançado o maravilhoso e atemporal Band on the Run, o terceiro álbum da banda. Após o Red Rose Speedway, Paul McCartney e os Wings enfrentaram várias dificuldades, com a saída do guitarrista Henry McCullough e o baterista Denny Seiwell. Isso resultou em McCartney e Linda McCartney assumindo uma parte mais central na gravação do álbum, com o único membro estável sendo o guitarrista Denny Laine. Apesar das dificuldades internas, eles partiram para Lagos, na Nigéria, para gravar o álbum, o que trouxe um toque exótico. A produção foi conduzida da mesma forma de sempre, porém capturou uma sonoridade mais "viva" e orgânica, com uma vibração mais internacional, especialmente através de algumas influências africanas, o que resultou em uma sonoridade experimental. O repertório é sensacional, parecendo uma coletânea, já que só há canções excelentes. No fim, é um disco excepcional e um dos melhores álbuns de todos os tempos.
Melhores Faixas: Band On The Run, Jet, Let Me Roll It, Nineteen Hundred And Eighty Five
Vale a Pena Ouvir: Mamunia, Mrs. Vandebilt
Venus And Mars – Wings
NOTA: 9,1/10
Mais dois anos se passaram, e os Wings retornaram lançando mais um disco: Venus and Mars. Após o maravilhoso Band on the Run, a pressão sobre eles para entregar outro sucesso era considerável. Paul McCartney decidiu criar um álbum que refletisse a mistura de Rock e introspecção, criando uma narrativa sonora baseada em temas universais como amor, relacionamentos e autodescoberta. Ele também estava interessado em explorar o uso de tecnologia no estúdio, testando novos arranjos e sons experimentais para aumentar a profundidade musical. A produção foi, como sempre, conduzida pelo próprio Paul McCartney, que seguiu por um lado mais experimental, com o uso de sintetizadores e outros efeitos modernos para a época. Isso resultou em uma sonoridade mais polida e cheia de camadas, misturando Pop Rock, Blues e música psicodélica. O repertório é incrível, e as canções são mais densas, mas maravilhosas. Enfim, é um disco sensacional e extremamente inovador.
Melhores Faixas: Listen To What The Man Said, Rock Show, Magneto And Titanium Man, Call Me Back Again, Medicine Jar
Vale a Pena Ouvir: Treat Her Gently – Lonely Old People, Spirits Of Ancient Egypt, Love In Song
Wings At The Speed Of Sound – Wings
NOTA: 8,8/10
Logo no ano seguinte, foi lançado o 5º álbum da banda, o Wings at the Speed of Sound. Após o Venus and Mars, Paul McCartney acabou dando mais chances ao guitarrista Jimmy McCulloch. Além disso, houve a inclusão do baterista Joe English e o crescimento das participações dos outros membros nas composições e vocais. O álbum refletiu uma mudança em direção a uma sonoridade mais leve e acessível, com menos experimentação do que seus predecessores e uma abordagem mais comercial. A produção foi aquela de sempre, só que ficou mais polida e Pop em comparação com os antecessores, com McCartney usando mais sintetizadores, teclados e guitarras limpas. O álbum também é mais acessível ao grande público, refletindo a busca dele por uma sonoridade mais simples e direta. Com isso, o repertório é bem legal, tendo canções dinâmicas e com um toque mais descontraído. No final de tudo, é um belo disco, apesar de não ser muito lembrado.
Melhores Faixas: Silly Love Songs, Let 'Em In, The Note You Never Wrote, She’s My Baby
Vale a Pena Ouvir: Cook Of The House, Wino Junko, Must Do Something About It
É isso, então flw!!!