quinta-feira, 27 de março de 2025

Analisando Discografias - Glenn Hughes: Parte 1

                 

Play Me Out – Glenn Hughes





















NOTA: 8/10


Em 1977, Glenn Hughes embarcou em sua carreira solo, lançando seu 1º disco, o Play Me Out. Após o fim do Deep Purple, Hughes enfrentou problemas pessoais, especialmente relacionados ao abuso de substâncias, mas ainda sentia a necessidade de se expressar musicalmente. Em vez de seguir pelo caminho do Hard Rock que o consagrou na banda londrina, decidiu explorar sua paixão pelo Soul e Funk. A produção foi conduzida por ele mesmo, deixando tudo polido e sofisticado, com foco em grooves e texturas ricas. O álbum foi gravado com uma abordagem mais íntima, destacando os teclados, metais e camadas vocais, criando um som elegante e envolvente. Os arranjos são bem complexos, e as linhas de baixo do Hughes são fundamentais, trazendo um groove pulsante e orgânico. O repertório é excelente, repleto de canções profundas e atmosféricas. No fim, é um belo disco, injustamente menosprezado. 

Melhores Faixas: Your Love Is Like A Fire, It's About Time 
Vale a Pena Ouvir: Space High, Soulution

Blues (L.A. Blues Authority Volume II) – Glenn Hughes





















NOTA: 8,5/10


Depois de bastante tempo, só em 1992 Glenn Hughes decidiu lançar seu 2º álbum, o Blues (L.A. Blues Authority Volume II). Após o Play Me Out, ele chegou a fazer parte de alguns projetos, como o Black Sabbath na época do álbum Seventh Star, até ser convidado a participar da série L.A. Blues Authority, um projeto idealizado pelo produtor Mike Varney (fundador da Shrapnel Records) para homenagear o Blues. Este segundo volume foi inteiramente dedicado a Glenn Hughes, dando-lhe a oportunidade de gravar um álbum focado no Blues Rock. A produção foi conduzida pelo baixista junto com Steve Fontano, que trouxeram a crueza e a energia do Blues clássico. A sonoridade é vibrante, com guitarras cheias de feeling, baixo groovado e bateria sólida. Além das ótimas linhas vocais de Hughes, que são consistentes e combinam com a instrumentação. O repertório é bem legal, com canções envolventes e contagiantes. No geral, é um belo disco e muito coeso. 

Melhores Faixas: Life Of Misery, Here Come The Rebel, Hey Buddy (You Got Me Wrong) 
Vale a Pena Ouvir: I'm The Man, A Right To Live, Shake The Ground

From Now On... – Glenn Hughes





















NOTA: 1,5/10


Dois anos depois, Glenn Hughes lançou mais um disco intitulado From Now On.... Após o Blues (L.A. Blues Authority Volume II), o baixista estava pronto para voltar ao Hard Rock e ao AOR, gêneros que marcaram seus anos de maior sucesso. No entanto, no início dos anos 90, a cena do Hard Rock já não era tão dominante como na década anterior, sendo ofuscada pelo Grunge e pelo Rock alternativo. A Europa ainda mantinha um mercado forte para o estilo, e foi lá que Hughes encontrou apoio para lançar um novo trabalho. A produção, feita por ele junto com Bruce Gowdy, é totalmente polida, mesclando influências do Hard Rock oitentista e AOR, com momentos que remetem a bandas como Whitesnake e Foreigner. No entanto, apesar de tentar algo grandioso, tudo aqui soa muito manjado e bem tedioso. O repertório, por sua vez, é fraquíssimo, com canções chatíssimas e genéricas. No final, é um trabalho péssimo, que não trouxe relevância alguma. 

Melhores Faixas: (..............) 
Piores Faixas: If You Don't Want Me To, Lay My Body Down, The Liar, Why Don't You Stay, Homeland

Feel – Glenn Hughes





















NOTA: 8/10


No ano seguinte, Glenn Hughes retorna lançando mais um disco intitulado Feel, que foi para algo bem diversificado. Após o From Now On..., percebendo sua versatilidade vocal e instrumental que transcendia os rótulos convencionais do Rock, ele decidiu que seu novo trabalho deixaria o Hard Rock de lado em favor de uma sonoridade mais Funk, Soul e R&B, com influências do Stevie Wonder, Prince e Earth, Wind & Fire. A produção foi feita pelo baixista, com a ajuda do Bruce Gowdy e Pat Thrall, deixando a sonoridade sofisticada e polida, totalmente moderna, sem perder a essência vintage de estilos como Soul e Funk. A mixagem é limpa, dando destaque à instrumentação rica e aos vocais de Hughes, que estão em um dos seus momentos mais inspirados. O repertório é excelente, com canções envolventes e melódicas, além de algumas baladas. No fim, é um ótimo disco e que funcionou com toda essa junção. 

Melhores Faixas: Speak Your Mind, Talkin' To Messiah 
Vale a Pena Ouvir: Coffee & Vanilla, She Loves Your Money, Livin' For The Minute

Addiction – Glenn Hughes





















NOTA: 2,7/10


Mais um ano se passou, e Glenn Hughes lançou outro disco, o Addiction, que adotou uma abordagem única. Após o Feel, o ex-Deep Purple ainda buscava um direcionamento definitivo para sua carreira solo. Com o Rock alternativo dominando a cena musical, o Hard Rock tradicional tentava se manter relevante. Assim, Hughes decidiu explorar um som mais pesado e sombrio. A produção foi feita por ele mesmo novamente, mas contando com a ajuda de Marc Bonilla e Michael Scott. O som ficou mais cru e pesado do que o habitual, com guitarras distorcidas e uma abordagem mais direta. Com riffs de guitarra mais agressivos e uma bateria seca e cortante, além de linhas vocais mais poderosas do Glenn Hughes. Apesar disso, muita coisa ficou inconsistente e sem direcionamento. O repertório é fraco, com poucas canções interessantes e a maioria sendo medíocre. No fim, é um disco chatíssimo, com muitos erros. 

Melhores Faixas: Madelaine, Justified Man 
Piores Faixas: Blue Jade, I'm Not Your Slave, Addiction
  

                                                Então é isso, um abraço e flw!!!           

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