quarta-feira, 30 de abril de 2025

Analisando Discografias - Serj Tankian

                 

Elect The Dead – Serj Tankian





















NOTA: 8,8/10


Indo para 2007, Serj Tankian lança seu 1º álbum solo, intitulado Elect the Dead. Após o lançamento do Mezmerize e Hypnotize, o System Of A Down decidiu dar uma pausa, e com isso Serj resolveu focar em uma carreira solo. Seguindo o contexto político da época, com as guerras no Oriente Médio, a presidência do George W. Bush e o colapso ético de diversas instituições servindo como pano de fundo, o álbum traz a crítica social mordaz do cantor, agora livre das limitações de uma banda e com controle total de sua arte. A produção foi conduzida pelo próprio Serj, realizada de forma caseira, com ele tocando a maioria dos instrumentos, apesar de contar com alguns colaboradores. O álbum equilibra o peso do Rock alternativo e do Avant-Garde Metal com elementos sinfônicos e progressivos. O repertório é muito bom, e as canções são bem melódicas e totalmente reflexivas. No geral, é um ótimo disco, que conseguiu equilibrar todas as suas influências. 

Melhores Faixas: Empty Walls, Saving Us, Beethoven's C***, Lie Lie Lie 
Vale a Pena Ouvir: Sky Is Over, Money, Elect The Dead

Imperfect Harmonies – Serj Tankian





















NOTA: 5/10


Três anos depois, Serj lançava seu 2º álbum de estúdio, o Imperfect Harmonies, que seguia por uma abordagem diferente. Após o Elect the Dead, enquanto ocorria a turnê sinfônica de seu antecessor, o cantor aprofundou-se ainda mais na música orquestral e começou a experimentar com elementos eletrônicos, jazzísticos e de world music. Decidiu que seu próximo trabalho teria uma natureza híbrida, afastando-se deliberadamente do Metal tradicional e abraçando a fusão entre orquestração clássica, eletrônica experimental e poesia lírica. Produzido novamente por ele mesmo, o álbum é totalmente sofisticado, incorporando elementos de música eletrônica, sintetizadores, beats programados e vocalizações múltiplas. Serj canta de forma performática e menos agressiva, mas tudo é muito arrastado, com arranjos pouco enérgicos. O repertório é bem irregular, com canções boas e outras fracas e tediosas. No fim, é um disco mediano e com muita inconsistência. 

Melhores Faixas: Disowned Inc., Gate 21, Yes, It's Genocide 
Piores Faixas: Wings Of Summer, Deserving?, Borders Are

Harakiri – Serj Tankian





















NOTA: 8/10


Dois anos depois, foi lançado seu último álbum de estúdio até então, intitulado Harakiri. Após o irregular Imperfect Harmonies, que mergulhava na fusão entre orquestrações clássicas e música eletrônica, Serj Tankian sentiu a necessidade de voltar a uma abordagem mais direta, com forte presença de guitarra, bateria e voz em primeiro plano. O título faz alusão ao suicídio ritual japonês (seppuku) e funciona como metáfora para a autodestruição da humanidade. A produção seguiu o mesmo padrão de sempre, mas com uma direção mais crua e agressiva, equilibrando arranjos vigorosos com camadas orquestrais e sintetizadores mais discretos. O foco aqui está na mensagem, no ritmo direto, na energia e na acessibilidade, tudo isso com uma sonoridade que retorna ao Rock alternativo e ao Avant-Garde Metal. O repertório é bem legal, com canções atmosféricas e, em sua maioria, melódicas. Enfim, é um disco interessante e cheio de mensagens. 

Melhores Faixas: Deafening Silence, Uneducated Democracy 
Vale a Pena Ouvir: Harakiri, Figure It Out, Weave On

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