quarta-feira, 30 de abril de 2025

Analisando Discografias - Digital Underground: Parte 1

                 

Sex Packets – Digital Underground





















NOTA: 9,2/10


Em 1990, o Digital Underground lança seu álbum de estreia, o Sex Packets, que traz uma abordagem peculiar. Formado na cidade de Oakland, na Califórnia, o grupo era liderado pelo multifacetado e excêntrico Gregory "Shock G" Jacobs. Inspirado pelo estilo teatral e sonoramente eclético do George Clinton, Shock G visava romper com a crescente seriedade do Hardcore Hip-Hop da época e reintroduzir o humor, a liberdade criativa e a sensualidade do Funk na cultura do Rap. O grupo criou um álbum conceitual de ficção científica, em que o governo teria desenvolvido pílulas sexuais alucinógenas (G.S.R.A.) para soldados solitários. A produção, conduzida pelo próprio grupo, constrói uma sonoridade profundamente enraizada no P-Funk, com samples dos artistas de Funk dos anos 70 misturados a caixas de ritmo e sintetizadores analógicos. O repertório é bem legal, e as canções são divertidas e até mesmo envolventes. Em suma, é um baita disco de estreia e um clássico do Rap. 

Melhores Faixas: The Humpty Dance, Packet Man, Freaks Of The Industry 
Vale a Pena Ouvir: Sex Packets, Doowutchyalike, Rhymin' On The Funk

This Is An E.P. Release – Digital Underground




















NOTA: 8/10


No início do ano seguinte, em 1991, foi lançado This Is an E.P. Release, que trazia algumas faixas extras. Após o sucesso do Sex Packets, que consolidou o Digital Underground como um dos grupos mais criativos do Rap, havia grande expectativa sobre os próximos passos deles. Eles decidiram manter a formação que deu certo, com Shock G, Money B, Chopmaster J, Humpty Hump e DJ Fuze, e agora com a inclusão do jovem Tupac Shakur, que ainda era apenas um iniciante. A produção deste trabalho foi conduzida inteiramente por eles e ficou mais limpa e polida, com beats levemente mais lentos, focados no groove e na atmosfera. Os samples ficaram bem mais refinados, mantendo-se dentro da linhagem deles do P-Funk. O repertório é composto por 6 faixas, com duas do último álbum em versões remixadas e as novas, que são bem divertidas. Enfim, é um EP bem interessante e que vale a pena ouvir. 

Melhores Faixas: Same Song 
Vale a Pena Ouvir: Packet Man (Worth A Packet Remix), Nuttin' Nis Funky

Sons Of The P – Digital Underground




















NOTA: 8,5/10


No mesmo ano foi lançado o 2º álbum do grupo, o Sons of the P (parece capa de banda de Power Metal finlandesa). Após o This Is an E.P. Release, o Digital Underground consolidou-se como uma força criativa no Hip Hop, mesclando humor, teatralidade e uma profunda reverência ao P-Funk. Este trabalho surge como uma evolução natural, aprofundando a mitologia do grupo e expandindo seus horizontes musicais. A produção foi feita majoritariamente por Shock G, que utilizou camadas densas de sintetizadores, linhas de baixo pulsantes e arranjos vocais complexos, além de um uso extensivo de samples do Funkadelic. Um dos grandes diferenciais foi a colaboração com o lendário George Clinton, que contribuiu principalmente em uma das faixas. 2Pac também aparece em alguns momentos, ganhando mais espaço. O repertório é bem legal, com canções diversificadas, que vão de faixas profundas a composições mais extensas. Enfim, é um bom disco e bastante coeso. 

Melhores Faixas: No Nose Job, The Higher Heights Of Spirituality 
Vale a Pena Ouvir: Kiss You Back (essa em que o George Clinton participou em grande parte), The DFLO Shuttle, Flowin' On The D-Line

      Então é isso, um abraço e flw!!!          

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