Wedding Album – John Lennon & Yoko Ono
NOTA: 1,4/10
No final daquele mesmo ano, saiu o 3º álbum do John Lennon e Yoko Ono, intitulado Wedding Album. Após aqueles tenebrosos dois últimos álbuns, que fizeram a EMI nem sequer divulgar esses trabalhos, deixando tudo com a Apple (lembrando que é aquele selo dos Beatles). Naquele meio tempo, em março de 1969, John e Yoko se casaram em Gibraltar. Logo em seguida, começaram sua famosa campanha pela paz, incluindo o "Bed-In for Peace" em Amsterdã. A produção foi aquela mesma de sempre: uma experiência sonora minimalista, intencionalmente provocativa e performática. Lennon não se importava se aquilo fosse considerado música. Ele via o projeto como um happening, uma extensão do seu casamento com Yoko e da sua militância pela paz. O repertório é péssimo, e as "canções", que nem chegam a ser canções, são simplesmente uma catástrofe, consistindo apenas de diálogos. Apesar de ser terrível, é o menos pior dos anteriores.
Melhores Faixas (..........................)
Piores Faixas: Amsterdam, John & Yoko
John Lennon / Plastic Ono Band – John Lennon / Plastic Ono Band
NOTA: 9,8/10
Melhores Faixas: Hold On, Working Class Hero, Remember, Isolation
Vale a Pena Ouvir: Love, Mother, I Found Out
Imagine – John Lennon
NOTA: 8,3/10
No ano seguinte, ele retornou lançando seu clássico 2º disco, o Imagine, que foi bem aprimorado. Após o John Lennon / Plastic Ono Band, embora ainda imerso em questões profundas, Lennon começou a buscar um equilíbrio entre introspecção e acessibilidade. Decidiu se reconectar com o público, trazendo sonoridade mais suave, arranjos mais sofisticados e uma abordagem lírica que mescla poesia idealista, crítica social e ataques pessoais diretos. A produção foi novamente conduzida por ele, junto com Yoko e Phil Spector, que tem uma sonoridade mais rica, cinematográfica em alguns momentos, mas preservando o tom pessoal e íntimo das letras. Contando com presença de George Harrison nas guitarras, Nicky Hopkins (ex-Rolling Stones e The Kinks) no piano, Klaus Voormann no baixo e Alan White (que futuramente se tornaria baterista do Yes). O repertório é magnífico, com canções belíssimas e bem discretas. No geral, é um disco maravilhoso e um dos mais importantes de sua carreira.
Melhores Faixas: Imagine, Jealous Guy, How Do You Sleep? (uma das primeiras diss tracks da história, endereçada a Paul McCartney), It's So Hard
Vale a Pena Ouvir: Oh My Love, I Don't Want To Be A Soldier, How?
Some Time In New York City – John & Yoko / The Plastic Ono Band
NOTA: 7/10
No ano de 1972, o nosso querido casal decidiu novamente fazer um álbum colaborativo: o questionável Some Time in New York City. Após o Imagine, John Lennon dá uma guinada artística e ideológica, mergulhando no ativismo político. Essa fase coincide também com o início do cerco do governo Nixon sobre Lennon, que passou a ser vigiado pelo FBI e teve o processo de deportação iniciado devido ao seu envolvimento com ativistas. A produção foi aquela mesma de sempre, propositalmente mais crua, com pouca lapidação técnica. O som é decididamente Lo-fi, quase mal gravado em certos momentos, mas consegue manter uma consistência. O repertório é dividido. A primeira parte traz canções de estúdio, com Yoko cantando até bem, sendo acompanhada pela banda Elephant's Memory. A segunda parte é ao vivo, com alguns momentos acompanhados por Frank Zappa & The Mothers of Invention, trazendo passagens interessantes e outras bastante questionáveis. Enfim, é um disco legal, mas que foi imensamente criticado de forma injusta.
Melhores Faixas: Woman Is The Nigger Of The World, New York City, Sunday Bloody Sunday, Cold Turkey
Piores Faixas: Au, Jamrag, Don't Worry Kyoko (Yoko fica miando de forma esganiçada)
Mind Games – John Lennon
NOTA: 8,8/10
Mais um ano se passou, e John Lennon lançou seu 3º álbum de estúdio, o Mind Games. Após o Some Time in New York City, a imprensa britânica e americana o tratava com desdém. Além disso, o FBI e o governo Nixon mantinham vigilância constante sobre seus passos, tornando seu cotidiano em Nova York cada vez mais paranoico e opressivo. Simultaneamente, o casamento com Yoko Ono começava a ruir, desgastado pela constante pressão pública, brigas internas e diferenças artísticas. A separação se tornou oficial durante as sessões deste álbum, marcando o início do chamado “Lost Weekend”. A produção foi feita totalmente por ele, resultando em um som mais equilibrado e introspectivo, com uma abordagem que vai do Pop Rock à Soul music sofisticada, além de contar com um ótimo time de músicos. O repertório é bem legal, com canções envolventes e um lado mais contemplativo. Enfim, é um ótimo disco, que serviu como uma válvula de escape.
Melhores Faixas: Mind Games, You Are Here, Intuition, Out The Blue
Vale a Pena Ouvir: Only People, Aisumasen (I'm Sorry), Tight A$
É isso, então flw!!!