Driving Rain – Paul McCartney
NOTA: 8,6/10
Em 2001, Paul McCartney lançou mais um trabalho, o Driving Rain, e aqui houve mudanças. Após o Run Devil Run, o cantor vivia um momento de transição intensa em sua vida pessoal e artística. No começo daquela década, ele começou a ter um novo relacionamento com Heather Mills, que se tornaria sua segunda esposa. Musicalmente, ele decidiu voltar a fazer um trabalho mais Pop Rock, retornando àquela sua abordagem tradicional. A produção foi conduzida por David Kahne, que, apesar de colocar uma abordagem moderna, apostou em um som cru, com pouca polidez digital, o que resulta em uma sensação de espontaneidade. Além disso, Paul acertou bem na escolha dos músicos, que, apesar de servirem como suporte, contribuem com qualidade, já que ele toca a maioria dos instrumentos. O repertório é bem interessante, com canções melódicas e um vão para um lado mais profundo. Enfim, é um disco interessante e muito mais consistente.
Melhores Faixas: Magic, I Do, Freedom, Back In The Sunshine Again
Vale a Pena Ouvir: From A Lover To A Friend, Your Loving Flame, Tiny Bubble
Chaos And Creation In The Backyard – Paul McCartney
NOTA: 9/10
Melhores Faixas: Too Much Rain, English Tea, This Never Happened Before, Jenny Wren, Follow Me
Vale a Pena Ouvir: Riding To Vanity Fair, Promise To You Girl, Friends To Go, Anyway
Ecce Cor Meum – Paul McCartney
NOTA: 1,5/10
No ano seguinte, Paul McCartney decidiu lançar mais um daqueles álbuns orquestrados: Ecce Cor Meum (latim para "Eis o meu coração"). Após o Chaos and Creation in the Backyard, ele quis tirar do papel um projeto para o qual foi convidado em 1998, pelo presidente do Magdalen College de Oxford, Anthony Smith, para compor uma obra clássica original que celebrasse a tradição coral da universidade. Porém, o processo de composição foi profundamente afetado por um acontecimento trágico: a morte de sua esposa, Linda McCartney, o que interrompeu o projeto na época. Mais tarde, ele retomou e concluiu a obra. A produção foi conduzida por John Fraser, que imprimiu um rigor sinfônico, com Paul supervisionando todo o processo. A sonoridade é profundamente melódica e ancorada, mas tudo soa muito sem emoção e carece de profundidade. O repertório é composto por quatro movimentos e um interlúdio, e, no geral, tudo é fraco. No fim, é um disco medíocre e enjoativo.
Melhores Faixas: Musica, Spiritus, Interlude (Lament)
Vale a Pena Ouvir: Ecce Cor Meum, Gratia
Memory Almost Full – Paul McCartney
NOTA: 7,3/10
Passou-se mais um tempo até que Paul lançasse mais um trabalho: Memory Almost Full. Após o Ecce Cor Meum, Paul McCartney se encontrava em um momento de transição pessoal e artística. Naquele período, seu divórcio com Heather Mills ganhava as manchetes, e seu vínculo com a gravadora EMI estava se dissolvendo após décadas. Só que nesse tempo, ele acabou resgatando algumas demos feitas durante as sessões do álbum com Nigel Godrich e decidiu lançar esse novo projeto pelo selo da Hear Music. A produção ficou a cargo do David Kahne, marcando o retorno àquele ecletismo estilístico, com faixas que vão desde baladas ao piano até Rock psicodélico, Art Pop e aquela vibe beatlemaníaca. O repertório é interessante, com canções boas e abrangentes, mas também com outras bem sem graça, para não dizer genéricas. Em suma, é um disco bom, mas que tem seus problemas.
Melhores Faixas: Dance Tonight, Feet In The Clouds, Only Mama Knows, The End Of The End, Vintage Clothes
Piores Faixas: Mr Bellamy, You Tell Me, House Of Wax
Kisses On The Bottom – Paul McCartney
NOTA: 5,6/10
Indo para 2012, Paul McCartney lançou mais um álbum: Kisses on the Bottom, que trouxe uma abordagem muito diferente. Após o Memory Almost Full, McCartney se aproximava dos 70 anos com um forte desejo de olhar ainda mais para trás, não para sua fase nos Beatles, mas para os primeiros sons que moldaram sua musicalidade. Paul cresceu ouvindo standards do Great American Songbook com seu pai, Jim McCartney. A produção foi conduzida por Tommy LiPuma, que imprimiu uma estética intimista, acústica, delicada e vintage, recriando com fidelidade a sonoridade das décadas de 1930 e 1940. Além disso, Paul se concentrou exclusivamente nos vocais. O problema é que muitas melodias são muito superficiais, chegando a ser descartáveis. O repertório é bem irregular, com canções muito boas, mas outras que ficaram bem abaixo. No fim, é um trabalho mediano, que tem uma concepção interessante, mas poderia ter sido melhor lapidado.
Melhores Faixas: My Very Good Friend The Milkman, Ac-Cent-Tchu-Ate The Positive, My Valentine, Home (When Shadows Fall)
Piores Faixas: Get Yourself Another Fool, Always, More I Cannot Wish You, The Inch Worm
Então é isso, um abraço e flw!!!