Tug Of War – Paul McCartney
NOTA: 8,8/10
Depois de dois anos foi lançado mais um trabalho de Paul McCartney, o Tug of War. Após o injustiçado McCartney II, com o fim dos Wings (em 1981) e o assassinato do John Lennon (em dezembro de 1980), que o deixou emocional e criativamente abalado, McCartney passou por um momento de profunda reavaliação artística, abandonando temporariamente o caráter lúdico que havia permeado parte dos anos 1970 e buscando uma abordagem mais séria e reflexiva. A produção foi conduzida por George Martin, que trouxe aquela clássica abordagem com diversas passagens orquestrais e uma estética beatleniana. Além disso, o álbum conta com um elenco de músicos de renome, como Stevie Wonder, Carl Perkins e Ringo Starr. Tudo isso cria uma sonoridade que é de Pop Rock, mas que vai para um lado mais barroco e até acústico. O repertório é bem legal, com canções belíssimas e mais profundas. No fim, é um ótimo disco e muito completo.
Melhores Faixas: Ebony And Ivory, Here Today, Ballroom Dancing
Vale a Pena Ouvir: Wanderlust, Dress Me Up As A Robber, Take It Away
Pipes Of Peace – Paul McCartney
NOTA: 5,6/10
No ano seguinte, Paul McCartney lançou Pipes of Peace, que era praticamente uma versão deluxe do anterior. Após o Tug of War, Paul, junto com George Martin, decidiu aproveitar o vasto material gravado em Montserrat e Londres entre 1980 e 1982. Com isso, eles selecionaram composições e gravações feitas nas mesmas sessões do álbum anterior, que haviam sido preteridas na época por motivos conceituais, de coesão ou estratégia de lançamento. A produção, novamente feita por George Martin, trouxe um som mais Pop e radiofônico, com um foco renovado em sintetizadores, teclados digitais e texturas eletrônicas. Ainda assim, Martin não abandonou os arranjos orquestrais e vocais elaborados, usando cordas, sopros e coral na tentativa de equilibrar os elementos, mas não funcionou e muitos dos arranjos acabaram ficando arrastados. O repertório começa bem, mas depois decai, com algumas exceções. No fim, é um disco mediano e que representou um tropeço.
Melhores Faixas: Pipes Of Peace, Say Say Say (participação do Michael Jackson), Sweetest Little Show
Piores Faixas: Average Person, The Man (aqui o Michael ofuscou mais não salvou), So Bad
Press To Play – Paul McCartney
NOTA: 3/10
Melhores Faixas: Press, Talk More Talk, Pretty Little Head
Piores Faixas: Good Times Coming / Feel The Sun, Footprints, Stranglehold, However Absurd
Flowers In The Dirt – Paul McCartney
NOTA: 6/10
Mais um tempo se passou em 1989, saiu mais um trabalho do Paul, o Flowers In The Dirt. Após o fraquíssimo Press To Play, aquela década caminhava para o fim, e a música Pop vivia outra transição: a produção digital maximalista estava sendo substituída por arranjos mais orgânicos, e havia um movimento crescente de retorno ao classicismo Pop e Rock, representado por nomes como Elvis Costello e Crowded House, e era exatamente isso que ele pensou em buscar. A produção foi bem diversificada com ele trabalhando com nomes como Mitchell Froom, David Foster, Trevor Horn, além do próprio Costello. E aqui tem uma junção de arranjos clássicos de cordas e sopros, até faixas com sequenciadores, samples e bateria eletrônica, apresentando influencias do Jangle Pop e Art Pop, apesar de ter muita inconsistência melódica e rítmica. O repertório é bem mediano, tendo canções boas só que outras sem graça. Enfim, é um disco irregular, mas que teve mais preenchimento.
Melhores Faixas: This One, Distractions, Put It There, That Day Is Done
Piores Faixas: Motor Of Love, You Want Her Too, My Brave Face, Rough Ride
Off The Ground – Paul McCartney
NOTA: 6/10
Em 1993, Paul McCartney retorna lançando Off the Ground, que seguiu por um caminho mais padrão. Após o Flowers in the Dirt, Paul se encontrava em uma posição de estabilidade, mas também de reavaliação. Com a parceria com Elvis Costello encerrada e um novo grupo de músicos bem entrosado, McCartney buscou fazer um álbum mais coeso e centrado na performance da banda. Com isso, a produção foi feita por ele junto com Julian Mendelsohn, que trouxe uma abordagem mais orgânica, com guitarras mais cruas, o baixo menos processado, a bateria com presença natural e a voz do Paul, já na crise da meia-idade, deixada mais exposta, com menos efeitos e retoques. A banda grava junta, e isso confere um senso de unidade sonora ausente desde os tempos dos Wings, só que muita coisa acabou ficando repetitiva e sem graça. O repertório começa bem, mas depois conta com algumas canções bem genéricas. Enfim, é um disco mediano que carece de maior consistência.
Melhores Faixas: Hope Of Deliverance, Golden Earth Girl, Get Out Of My Way, Mistress And Maid
Piores Faixas: C'mon People, I Owe It All To You, The Lovers That Never Were, Biker Like An Icon
Flaming Pie – Paul McCartney
NOTA: 8,7/10
Melhores Faixas: Great Day, Young Boy, Heaven On A Sunday, Little Willow
Vale a Pena Ouvir: The World Tonight, Beautiful Night, Used To Be Bad (participação do Steve Miller)
Run Devil Run – Paul McCartney
NOTA: 8,5/10
Melhores Faixas: No Other Baby (Dickie Bishop and the Sidekicks), Try Not To Cry, Brown Eyed Handsome Man (Chuck Berry), I Got Stung (Elvis Presley), She Said Yeah (Sonny Bono)
Vale a Pena Ouvir: All Shook Up (Elvis Presley), What It Is, Shake A Hand (Jessie Mae Robinson)
Então é isso e flw!!!