Fly – Yoko Ono
NOTA: 7/10
No ano seguinte, ela retorna lançando seu 2º disco intitulado Fly, e aqui teve algumas melhoras. Após o controverso Yoko Ono / Plastic Ono Band, que explorava improvisação livre, minimalismo e vocalizações experimentais, o que fez a crítica destroçar seu trabalho na época. Vale lembrar que ela e Lennon haviam se estabelecido como um símbolo da contracultura, engajando-se em ativismo político e práticas artísticas radicais. Decidiram fazer um projeto que unisse música de vanguarda, improvisação livre e um diálogo explícito com o feminismo. A produção feita pelo casal é deliberadamente crua e aberta, favorecendo sessões de improviso e o uso de técnicas estendidas. Há reverberações e manipulação vocal não tradicional, e por sinal ela até melhorou sua vocalização, mesmo que continue exagerando em seus gritos e uivos. O repertório é bom, mas tem faixas esquisitas e outras muito boas e que têm seu contexto. Enfim, é um disco bom e bem mais palatável.
Melhores Faixas: Mrs. Lennon (aqui ela cantou bem inclusive), Mindtrain, Don't Count The Waves, You
Piores Faixas: Toilet Piece / Unknown, Don't Worry Kyoko, Fly
Approximately Infinite Universe – Yoko Ono
NOTA: 9,2/10
Melhores Faixas: Have You Seen A Horizon Lately, Winter Song, I Have A Woman Inside My Soul, Peter The Dealer, Looking Over From My Hotel Window, Kite Song
Vale a Pena Ouvir: Approximately Infinite Universe, Air Talk, Catman (The Rosies Are Coming), Move On Fast
Feeling The Space – Yoko Ono / Plastic Ono Band
NOTA: 8,4/10
E, quase chegando ao final daquele mesmo ano, ela lança mais um trabalho novo: Feeling the Space. Após o Approximately Infinite Universe, Yoko Ono estabeleceu uma nova identidade artística mais acessível. Só que ela decidiu que seu próximo trabalho teria temas inteiramente feministas e profundamente pessoais, nascidos em um momento de intensas transformações sociais e políticas. Vale lembrar que, naquele meio-tempo, seu relacionamento com John Lennon começava a se deteriorar. A produção foi conduzida inteiramente pela própria Yoko, com John Lennon atuando como colaborador e tocando guitarra em várias faixas (sob o pseudônimo “John O'Cean”). A sonoridade em si é bem mais polida, com melodias claras, estruturas do Pop rock, uso de piano elétrico, guitarras limpas e vocais mais articulados. O repertório é bem legal, com canções tematizadas e que seguem por um lado mais imersivo. No geral, é um ótimo álbum e bastante consistente.
Melhores Faixas: Run, Run, Run, Men, Men, Men
Vale a Pena Ouvir: If Only, Straight Talk, Coffin Car, She Hits Back
Season Of Glass – Yoko Ono
NOTA: 6/10
Foi só depois de oito anos que Yoko voltou a lançar um álbum solo: Season of Glass. Após o Feeling the Space, nesse meio-tempo ela focou mais naquele álbum colaborativo com John Lennon, mas, como sabemos, aconteceu o seu assassinato, e muitos esperavam que ela desaparecesse da vida pública. Em vez disso, Yoko reagiu com um gesto ousado e dolorosamente corajoso: lançou um álbum novo, com músicas que lidavam diretamente com sua dor, sua raiva, sua perplexidade e também com sua resiliência. A capa do álbum mostrava os óculos ensanguentados do Lennon sobre a mesa, com o Central Park ao fundo. A produção foi feita por ela junto com Phil Spector. Tem uma sonoridade limpa, contida, quase esquelética em muitos momentos, e assim suas linhas vocais são mais frágeis e reservadas, mas tudo isso acaba arrastando e sem imersão. O repertório até começa bem, mas depois surgem muitas canções tediosas. Em suma, é um disco mediano e que falta coesão.
Melhores Faixas: Even When You're Far Away, Goodbye Sadness, Mother Of The Universe
Piores Faixas: Dogtown, No, No, No, She Gets Down On Her Knees
Risinig – Yoko Ono/IMA
NOTA: 2,6/10
Em 1995, Yoko decidiu lançar mais um trabalho, intitulado Rising, que seguiu um caminho diferente. Após o Season of Glass, ela acabou lançando alguns álbuns conceituais, mas que não iam a lugar nenhum. Foi só nos anos 90 que ela fez uma parceria com seu filho, Sean Ono Lennon, que aqui estreia como músico profissional na banda IMA, ao lado dos colegas Timo Ellis (baixo) e Sam Koppelman (bateria). IMA, sigla para “Instant Karma Association” em espírito, é o nome dado à banda de apoio, jovem e crua, com sonoridade alternativa. A produção foi feita por ela junto com Rob Stevens, que trouxe uma abordagem crua e direta, com influências óbvias do Rock alternativo, com elementos de Noise, Punk e Avant-Garde. Mas o grande problema é que Yoko quis inventar de colocar aqueles berros característicos dela sobre a instrumentação, o que não precisava. Com isso, o repertório é muito ruim, com canções terríveis e poucas legais. No final, é mais um disco medíocre.
Melhores Faixas: Where Do We Go From Here, Turned The Corner
Piores Faixas: Kurushi, I’m Dying, Rising, Ask The Dragon
É isso, então flw!!!