Mob Rules – Black Sabbath
NOTA: 8,9/10
No ano seguinte, o Black Sabbath retorna lançando seu 10º disco, intitulado Mob Rules. Após o Heaven and Hell, mesmo com a banda revitalizada, as tensões começaram a surgir, especialmente entre Dio e o baterista Bill Ward, que já enfrentava problemas com álcool e decidiu deixar a banda antes das gravações de Mob Rules. Para substituí-lo, foi recrutado Vinny Appice, que trouxe uma pegada mais forte e direta, diferente do estilo mais solto de Ward. A produção, novamente feita por Martin Birch, trouxe uma sonoridade mais crua e agressiva, com guitarras mais sujas e uma pegada mais visceral. A bateria de Vinny Appice soa mais metálica e marcante, enquanto o baixo do Geezer Butler está mais proeminente, tudo isso seguindo a fórmula mais tradicional do Heavy Metal. O repertório é muito bom, com canções agressivas e totalmente energéticas. Enfim, é um baita disco, que conseguiu complementar seu antecessor.
Melhores Faixas: Voodoo, The Mob Rules, Turn Up The Night
Vale a Pena Ouvir: Slipping Away, The Sign Of The Southern Cross
Born Again – Black Sabbath
NOTA: 8/10
Melhores Faixas: Zero The Hero, Hot Line
Vale a Pena Ouvir: Trashed, Born Again
Seventh Star – Black Sabbath
NOTA: 2,9/10
Três anos depois, a banda volta lançando outro disco, o esquecível Seventh Star. Após o polêmico Born Again, todo mundo acabou largando a banda, deixando Tony Iommi sozinho. Ele quis fazer um projeto solo, então chamou Glenn Hughes (ex-Deep Purple) para ser o vocalista, além do tecladista Geoff Nicholls, do baixista Dave Spitz e do baterista Eric Singer. Tudo estava preparado até que a gravadora Warner insistiu que o nome "Black Sabbath" fosse mantido para impulsionar as vendas. Para evitar confusão, o álbum foi lançado como Black Sabbath featuring Tony Iommi. A produção, conduzida por Jeff Glixman, ficou muito polida e voltada para o Hard Rock e o AOR, com uma sonoridade repleta de influências do Blues Rock e Pop Rock, impulsionadas pelo estilo vocal de Glenn Hughes. Só que tudo ficou arrastado e sem graça, refletindo em um repertório fraquíssimo, com poucas canções boas, já que a maioria é genérica. Enfim, é um trabalho bem ruim e sem emoção.
Melhores Faixas: Turn To Stone, Heart Like A Wheel
Piores Faixas: No Stranger To Love (baladinha no nível Def Leppard), Sphinx (The Guardian), Angry Heart
The Eternal Idol – Black Sabbath
NOTA: 2,4/10
Outro ano se passou, o Black Sabbath lança mais um álbum, o tenebroso The Eternal Idol. Após o Seventh Star, Glenn Hughes foi demitido após poucos shows devido a problemas vocais causados por uma lesão na garganta. Então entrou em seu lugar Ray Gillen, só que ficou pouco tempo, e por fim, assumiu definitivamente o chatíssimo Tony Martin. Além disso, houve várias trocas de instrumentistas, com uma breve passagem do baixista Bob Daisley e do baterista Eric Singer. A produção começou com Jeff Glixman, mas, após problemas internos, Chris Tsangarides assumiu e finalizou o disco. A sonoridade ficou mais metálica em comparação ao seu antecessor, com riffs pesados e um tom mais próximo do Heavy Metal tradicional, só que tudo ficou sem alma e com um encadeamento rítmico totalmente repetitivo. Refletindo em um repertório horroroso, no qual apenas uma canção se salva, pois o resto é péssimo. Enfim, esse disco é horroroso e marca uma decadência.
Melhores Faixas: Nightmare
Piores Faixas: The Shining, Glory Ride, Ancient Warrior
Headless Cross – Black Sabbath
NOTA: 8,2/10
Chegando ao final da década de 80, o Black Sabbath lança seu 14º álbum de estúdio, o Headless Cross. Após o horroroso The Eternal Idol, foi recrutado o ex-baterista do Whitesnake e Rainbow, Cozy Powell, além da entrada de um novo baixista, Laurence Cottle, mesmo que ele nunca tenha sido tratado como membro oficial. Tudo isso aconteceu após a banda mudar de gravadora, assinando com a I.R.S. A produção, feita por Tony Iommi e Cozy Powell, criou uma forte parceria, resultando em um som limpo e poderoso, com guitarras pesadas e cristalinas, vocais grandiosos, bateria marcante e teclados épicos. O álbum lembra o que bandas como Dio, Rainbow e até mesmo Queen faziam, com um toque de misticismo e escuridão, algo que combinou perfeitamente com a temática lírica. Até Tony Martin foi bem, e isso porque ele imita o Dio completamente. O repertório é bem legal, com canções melódicas e todas bem cadenciadas. No fim, é um ótimo disco e que é bem subestimado.
Melhores Faixas: Headless Cross, Call Of The Wild
Vale a Pena Ouvir: When Death Calls, Nightwing
Então é isso, um abraço e flw!!!