sexta-feira, 21 de março de 2025

Analisando Discografias - Black Sabbath: Parte 3

                 

TYR – Black Sabbath





















NOTA: 1/10


Nos anos 90, o Black Sabbath retorna lançando uma verdadeira porcaria: TYR. Após o Headless Cross, a banda, vendo a boa recepção, decidiu se inspirar em uma temática mitológica e épica. O nome do álbum faz referência a Týr, o deus da guerra e da justiça na mitologia nórdica, mas nada disso faz com que este álbum seja um trabalho conceitual. A produção, novamente a cargo do Tony Iommi e Cozy Powell, trouxe uma sonoridade mais polida e moderna para a época. O som é mais limpo e acessível, com bastante reverb nos vocais de Tony Martin, que pelo menos desta vez não ficou imitando Dio. No entanto, tudo soa tão genérico que não transmite qualquer emoção. Eles tentaram criar algo épico, mas o resultado ficou abafado e sem impacto. O repertório é horroroso, com canções vergonhosas e sem contexto. Enfim, esse disco é tenebroso e uma das piores coisas que eles já lançaram. 

Melhores Faixas: (.......é muito dificil.........) 
Piores Faixas: Heaven In Black, Jerusalem, The Sabbath Stones (música tão épica quanto assitir um festival de milho), Valhalla (a música mais sem identidade que já ouvi)

Dehumanizer – Black Sabbath





















NOTA: 8,5/10


Passaram-se dois anos, e a banda lançou seu 16º álbum de estúdio, intitulado Dehumanizer. Após o horroroso TYR, eles pensaram em mudar a formação da banda. Então, por conta de uma grande pressão da gravadora, trouxeram de volta Ronnie James Dio e Geezer Butler, além de adicionarem Vinny Appice na bateria. Aí você me pergunta: e o Cozy Powell? Bem, ele ia gravar, só que sofreu uma fratura no quadril quando seu cavalo morreu e caiu sobre suas pernas, o que o deixou afastado por um tempo. A produção do Reinhold Mack resultou em um som pesado e cru, sem os refinamentos melódicos da fase Tony Martin. Tendo uma abordagem mais direta e sombria, com uma pegada mais densa e riffs cortantes do Iommi. Além disso, os vocais do Dio se encaixam perfeitamente, sendo mais agressivos e raivosos. O repertório é excelente, com canções pesadíssimas e densas que remetem aos bons tempos de Heaven and Hell. Enfim, é um ótimo disco e totalmente consistente. 

Melhores Faixas: After All (The Dead), I, Letters From Earth 
Vale a Pena Ouvir: Master Of Insanity, Time Machine

Cross Purposes – Black Sabbath





















NOTA: 1,4/10


Mais dois anos se passaram, e o Black Sabbath lançou Cross Purposes. Aqui, as coisas voltaram ao desastre. Após o ótimo Dehumanizer, Ronnie James Dio deixou a banda novamente devido a conflitos internos, especialmente quando Tony Iommi e Geezer Butler aceitaram abrir um show para Ozzy Osbourne, algo que Dio se recusou a fazer. Após a turnê, chamaram de volta Tony Martin. Geezer Butler chegou a sair, mas retornou para gravar este disco, enquanto Bobby Rondinelli assumiu a bateria no lugar de Vinny Appice. A produção do Leif Mases trouxe um som mais limpo e equilibrado, polido, mas ainda pesado. Apesar de todos fazerem o seu máximo, ninguém aqui entrega algo decente. Tudo é muito sem graça, e os riffs do Iommi parecem inacabados. O repertório é terrível, com canções tediosas e vazias. Enfim, não há muito o que dizer, é outro álbum péssimo, e o pior ainda estava por vir. 

Melhores Faixas: (..........) 
Vale a Pena Ouvir: Back To Eden, Psychophobia, Cardinal Sin (Tony Martin imitando o Dio do jeito mais insuportável), Virtual Death

Forbidden – Black Sabbath





















NOTA: 1/10


Então chegamos ao bendito ano do 1995, quando o Black Sabbath soltou outro álbum completamente horroroso. Após o Cross Purposes, Geezer Butler saiu de vez, então recrutaram Neil Murray para o baixo. Além disso, Cozy Powell acabou retornando. A gravadora queria que eles fizessem um som mais moderno e acessível a um público mais jovem, conectando-os à crescente popularidade do Rap e do Metal alternativo (estavam cometendo os mesmos erros do TYR). O resultado foi uma produção de Ernie C (guitarrista do Body Count), que trouxe uma abordagem crua e estranha, com uma mixagem fraca e uma produção abafada, deixando as guitarras do Tony Iommi sem peso. A bateria de Rondinelli soa mecânica e sem impacto, enquanto o baixo do Neil Murray muitas vezes parece inexistente, e os vocais do Tony Martin são esquisitos. O repertório é completamente tenebroso, um verdadeiro show de horror. Em suma, este trabalho é pavoroso, uma grande porcaria. 

Melhores Faixas: (.......que dor no ouvido.......) 
Piores Faixas: Kiss Of Death, Guilty As Hell, Get A Grip (tão daora quanto ver tinta secando na parede), The Illusion Of Power (participação do rapper Ice T, que ficou totalmente deslocada)

13 – Black Sabbath





















NOTA: 9/10


Depois de quase 20 anos, apenas em 2013, o Black Sabbath lançou seu último álbum de estúdio, intitulado 13. Após o pavoroso Forbidden, a banda voltou com Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward para alguns shows entre 1997 e 1999, chegando até a se apresentar em festivais nos anos 2000. Além disso, Iommi e Butler montaram um projeto com Dio chamado Heaven & Hell, chegando até a lançar um álbum, mas que não foi adiante. Logo depois, Dio veio a falecer. Então, em 2011, decidiram gravar um novo álbum, mas Bill Ward ficou de fora. Em seu lugar, entrou Brad Wilk (baterista do Rage Against The Machine). A produção do Rick Rubin recriou toda aquela estética crua e sombria da banda nos anos 70, com uma atmosfera densa. Todos tiveram um ótimo desempenho, incluindo Wilk, que foi injustamente massacrado pelos fãs saudosistas. O repertório é muito bom, com ótimas canções, todas bem pesadas. Enfim, é um belo disco, que encerrou a banda de forma digna. 

Melhores Faixas: God Is Dead?, Loner, Live Forever 
Vale a Pena Ouvir: End Of The Beginning, Dear Father

Analisando Discografias - Paul Di'Anno

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