domingo, 27 de abril de 2025

Analisando Discografias - Kiko Loureiro: Parte 1

                 

No Gravity – Kiko Loureiro





















NOTA: 8,4/10


No ano de 2005, Kiko Loureiro lançava seu álbum de estreia intitulado No Gravity. O guitarrista do Angra sentiu a necessidade de expressar musicalmente ideias que iam além do Metal tradicional, decidindo fazer uma obra completamente instrumental, onde poderia explorar sua musicalidade sem amarras de estilos ou estruturas de banda. A produção foi conduzida por Dennis Ward, que priorizou um som limpo e cristalino, destacando as diferentes camadas dos arranjos. O timbre de guitarra é moderno, equilibrado entre peso e definição, sem excessos de efeitos. Lembrando que Kiko executa todas as guitarras, violões, baixos e até algumas programações de teclado, sendo apenas a bateria conduzida pelo experiente Mike Terrana. O repertório é muito bom, com faixas instrumentais bem diversas, indo desde um lado mais energético até momentos mais cadenciados. Em suma, é um ótimo disco de estreia, com uma bela abordagem. 

Melhores Faixas: No Gravity, Moment Of Truth 
Vale a Pena Ouvir: La Force De L'Âme, Beautiful Language, Dilemma, Endangered Species

Universo Inverso – Kiko Loureiro





















NOTA: 8,9/10


Dois anos depois, Kiko Loureiro lançou seu 2º disco, o Universo Inverso, no qual testou uma abordagem diferente. Após o No Gravity, ele sentiu que era hora de explorar ainda mais suas raízes musicais e interesses fora do Heavy Metal tradicional, mostrando sua profunda vontade de mergulhar na música latino-americana e na música brasileira contemporânea, afastando-se ainda mais do Metal. Ele fez uma fusão genuína, incorporando gêneros como Samba, Baião, Bossa Nova, Latin Jazz e Jazz Fusion, mas ainda mantendo o espírito virtuoso e livre que marcou seu trabalho anterior. A produção foi conduzida por ele mesmo, com uma sonoridade totalmente cristalina, timbres mais limpos, os violões ganhando bastante destaque e a guitarra elétrica sendo usada com moderação e sensibilidade, longe da agressividade do Metal e indo para um lado mais imersivo. O repertório é bem legal, com canções mais envolventes e atmosféricas. Enfim, é um baita disco e muito ousado. 

Melhores Faixas: Havana, Recuerdos, Camino A Casa 
Vale a Pena Ouvir: Realidade Paralela, Feijão De Corda, Arcos Da Lapa

Fullblast – Kiko Loureiro





















NOTA: 8/10


Então se passaram três anos até ele lançar seu 3º trabalho, o Fullblast, no qual voltou para uma abordagem mais pesada. Após o Universo Inverso, vendo os bons frutos que colheu nos trabalhos anteriores, Kiko Loureiro sentiu vontade de unir essas duas vertentes em um álbum que fosse ainda mais dinâmico, técnico e variado, trazendo de volta mais distorção, mais shred, mais velocidade, mas também carregando influências do Jazz Fusion, da música brasileira e da música latina. A produção foi conduzida novamente por ele mesmo, que colocou uma sonoridade polida, com a guitarra em primeiro plano, mas sem sufocar os outros instrumentos. O baixo do Felipe Andreoli cumpre papel melódico e rítmico, enquanto a bateria do Mike Terrana soa natural, com bom punch nos bumbos e caixas. O repertório é bem legalzinho, com canções mais dinâmicas e energéticas. No final, é um ótimo disco, porém muito subestimado. 

Melhores Faixas: Whispering, Excuse Me 
Vale a Pena Ouvir: Desperado, Pura Vida (seria uma música perfeita pro Tim Maia), Se Entrega, Corisco!

        Então é isso, um abraço e flw!!!           

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