segunda-feira, 28 de abril de 2025

Analisando Discografias - Kiko Loureiro: Parte 2

                 

Sounds Of Innocence – Kiko Loureiro





















NOTA: 4,3/10


Em 2012, o Kiko Loureiro lançava mais um álbum, intitulado Songs Of Innocence. Após o Fullblast, o guitarrista já era um artista plenamente desenvolvido, com uma estética híbrida que integrava elementos do Metal, da música brasileira, do Jazz Fusion e da música progressiva. Este álbum aparece como um retorno ao formato mais "guitar hero", mas sem abrir mão da riqueza rítmica e harmônica adquirida nos trabalhos anteriores. A produção foi conduzida, como sempre, por ele mesmo, que deixou tudo extremamente bem equilibrado: as guitarras têm muito peso, mas sem encobrir os detalhes rítmicos nem as linhas de baixo do Felipe Andreoli. A bateria do Virgil Donati apresenta um encadeamento mais claro, puxado para o lado dos grooves. Apesar disso, acontecem muitos erros em seu cadenciamento, deixando os arranjos muito entediantes. O repertório é fraco, alternando faixas interessantes e outras sem graça. Enfim, é um disco fraco e muito limitado. 

Melhores Faixas: Reflective, The Hymn 
Piores Faixas: Gray Stone Gateway, Ray Of Life, El Guajiro, A Perfect Rhyme

Open Source – Kiko Loureiro





















NOTA: 8,3/10


Oito anos se passaram, ele retorna lançando mais um trabalho, o Open Source. Após o Sounds Of Innocence, nesse intervalo de tempo, Kiko acabou saindo do Angra e ingressando no Megadeth, onde teve ótima aceitação. Após vivenciar várias experiências em turnês e viajando pelo mundo, conhecendo outros músicos experientes, ele decidiu que este projeto seria mais técnico e exploraria novas ideias. Como sempre, a produção foi conduzida por ele mesmo, trazendo uma abordagem cristalina e dinâmica. As guitarras têm uma presença impecável, com timbres que variam de sons pesados e saturados até limpos e cristalinos. A bateria foi tratada para soar natural, com uma pegada moderna, e o baixo (tocado em boa parte pelo próprio Kiko) é encorpado e técnico. O repertório é muito bom, com canções energéticas que seguem uma linha mais melódica e cadenciada. No fim, é um ótimo disco, mais consistente que o anterior. 

Melhores Faixas: Imminent Threat (participação do Marty Friedman), Vital Signs 
Vale a Pena Ouvir: Sertão, Running With The Bulls, E D M (E-Dependent Mind), Black Ice

Theory Of Mind – Kiko Loureiro





















NOTA: 8,8/10


Em 2024, foi lançado o último álbum de Kiko Loureiro até o momento, intitulado Theory Of Mind. Após o Open Source, ele permaneceu focado no Megadeth, mas, após o lançamento do The Sick, the Dying... and the Dead!, Kiko decidiu sair da banda, motivado principalmente pelo desejo de dedicar mais tempo à família e a projetos próprios, após anos intensos de turnês mundiais. Ele então decidiu criar um projeto mais cinematográfico, que refletisse um lado mais emocional. A produção foi conduzida por ele mesmo, resultando em uma sonoridade extremamente polida e com fortes influências do Metal progressivo. A sonoridade das guitarras é orgânica, alternando entre timbres saturados modernos e sons limpos, cristalinos, além do uso de efeitos como delays e reverbs para criar atmosferas. O repertório é muito bom, e as canções são todas bastante diversificadas. Enfim, é um baita disco e um dos melhores de sua carreira. 

Melhores Faixas: Talking Dreams, Lost in Seconds, Finitude 
Vale a Pena Ouvir: The Barefoot Queen, Mind Rise, Raveled

Review: Eu Odeio o Dia Dos Namorados do Orochi

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