Mack 10 – Mack 10
NOTA: 8,8/10
Em 1995, Mack 10 lançava seu 1º trabalho autointitulado, sendo um projeto apadrinhado por Ice Cube. Natural do Inglewood, Califórnia, Mack surgiu numa Los Angeles pós The Chronic, onde o G-Funk dominava e o Gangsta Rap da Costa Oeste ganhava contornos cada vez mais estilizados e comercialmente viáveis. Ele já havia ganhado alguma visibilidade através de conexões com Ice Cube, que o apadrinhou e o apresentou ao público por meio do projeto Westside Connection, que ainda estava em gestação. A produção, obviamente, foi conduzida em sua maioria pelo próprio Cube, que entregou um G-Funk sem concessões, com linhas de baixo encorpadas, sintetizadores ondulantes, samples de Funk setentista e beats suaves, mas pesados. Tudo é muito bem construído, refletindo a temática do disco. O repertório é muito bom, com canções reflexivas e momentos envolventes. No fim, é um ótimo disco de estreia e bastante ousado.
Melhores Faixas: Foe Life, Wanted Dead, Westside Slaughterhouse (essa música serviu como base para nascimento do Westside Connection), Here Comes The G
Vale a Pena Ouvir: Mack 10's The Name, On Them Thangs, Armed & Dangerous
Based On A True Story – Mack 10
NOTA: 8,3/10
Dois anos depois, foi lançado seu 2º álbum, intitulado Based on a True Story, que tentou ser mais abrangente. Após seu álbum de estreia, o rapper de Inglewood colhia os frutos de sua aliança com Ice Cube e do impacto de faixas como Foe Life e, nesse intervalo, também se juntou oficialmente a Ice Cube e WC no supergrupo Westside Connection. Mesmo com a Costa Leste começando a retomar o protagonismo após a morte do 2Pac, e com o Sul ganhando força com nomes como UGK, Mack 10 ainda mantinha suas raízes. A produção contou praticamente com os mesmos nomes, só que com beats mais polidos, grooves mais elaborados. A presença do G-Funk ainda é dominante, mas já mesclada com uma sonoridade mais moderna, que combinou bem com a imersão proposta pelas faixas. Falando nisso, o repertório é bem interessante, com canções legais e um lado mais envolvente. Em suma, é um disco bom, mas que ficou na sombra do seu antecessor.
Melhores Faixas: Only In California (Snoop Dogg e Ice Cube encaixaram bem demais), Inglewood Swangin
Vale a Pena Ouvir: Backyard Boogie, Dopeman, Chicken Hawk II, Tonight's The Night
The Recipe – Mack 10
NOTA: 8/10
Melhores Faixas: For The Money (ótima feat com Ol' Dirty Bastard e Buckshot), Let The Games Begin (Fat Joe e Big Pun alavancaram som pra eles)
Vale a Pena Ouvir: Get A Lil' Head, Ghetto Horror Show (ótimas feats do Ice Cube e Jayo Felony), The Letter, You Ain' Seen Nothin' Yet, #1 Crew In The Area
The Paper Route – Mack 10
NOTA: 4/10
Aí chega o ano de 2000, e foi lançado seu 4º álbum de estúdio, o The Paper Route. Após o The Recipe, vendo que o G-Funk já não dominava as paradas, o som do Sul dos EUA ganhava cada vez mais espaço, e o Rap comercial tomava direções mais melódicas, coreografadas e visualmente marcadas pela era da MTV e da BET. Mack 10 havia criado sua própria gravadora, a Hoo-Bangin’ Records, e estava envolvido no lançamento de novos artistas, mas ainda quis fazer algo mais compacto. A produção foi conduzida em sua maioria por ele mesmo mais uma vez, contando com colaborações como Timbaland. Assim, a sonoridade aqui ficou mais moderna, radiofônica e nacionalmente acessível, sem abandonar totalmente os traços da Costa Oeste. O maior problema foi que esse polimento deixou tudo desequilibrado. O repertório é muito fraco, com canções bastante genéricas, embora algumas ainda se salvem. No fim, é um disco muito ruim e que foi um completo fiasco.
Melhores Faixas: Keep It Gangsta, Tight To Def, For Sale, Pop X
Piores Faixas: From Tha Streetz, Hustle Game, Pimp Or Die, Tha Weekend
Bang Or Ball – Mack 10
NOTA: 4/10
Mais um ano se passa, e foi lançado mais um trabalho dele, o Bang or Ball, que trouxe ainda mais problemas. Após o fraquíssimo The Paper Route, seu vínculo com a Priority chegou ao fim e ele entrou para a Cash Money Records, gravadora que contava com nomes como Lil Wayne, Juvenile e outros, artistas que dominavam o Rap mainstream na época. Isso foi uma jogada arriscada, pois unia um rapper de Inglewood, com raízes na Costa Oeste, a um time quase 100% sulista. A produção foi conduzida em sua maioria por Mannie Fresh, além de colaborações do QDIII, Ron e até Dr. Dre. Aqui, a sonoridade partiu para batidas digitais, baterias programadas com swing e sintetizadores agudos. Ou seja, tudo foi bastante modernizado, puxando para uma vibe mais festiva, mas Mack 10 parece ter atirado para todos os lados. O repertório é muito ruim, e novamente as canções são bem fracas. Enfim, é outro disco terrível e que também foi um fiasco.
Melhores Faixas: Connected For Life (Ice Cube e WC aparecendo de novo), We Can Never Be Friends, Let It Be Known (ótima feat do Scarface e Xzibit)
Piores Faixas: Do The Damn Thing, King Pin Dream, Dog About It, No D**k At All
Hustla's Handbook – Mack 10
NOTA: 3/10
Melhores Faixas: I'm A Star, Like This, By The Bar
Piores Faixas: Pop, Livin Just To Ball, Dome Shot, Step Yo Game Up
Soft White – Mack 10
NOTA: 7,6/10
Melhores Faixas: So Sharp (ótimas feats do Lil Wayne, Rick Ross e Jazze Pha), Big Balla, Street Shit, Tonight
Piores Faixas: It's Your Life, Pushin', Hood Famous (esse tal de J. Holiday entupido de autotune é feio né)
Então é isso e flw!!!