sábado, 1 de março de 2025

Analisando Discografias - Zezé Di Camargo & Luciano: Parte 3

                 

Zezé Di Camargo & Luciano (2003) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 2/10


Em 2003, Zezé Di Camargo & Luciano lançaram mais um disco, sendo este o último de forma anual, a melhor coisa que fizeram. Após o álbum de 2002, ainda seguindo uma fórmula decadente, conseguiram ganhar o prêmio da Academia Brasileira de Letras como melhor dupla (provavelmente pelos feitos passados), mas, no geral, partiram para lançar mais um material inédito. A produção seguiu o mesmo padrão de sempre, com aquele som Sertanejo completamente modernizado, mas que apagou todos os timbres e melodias característicos do estilo de cantar em dupla. Aliás, nesse trabalho já é possível perceber que a voz de Zezé Di Camargo estava ficando desgastada, e olha que provavelmente tentaram ajustá-la para se parecer com sua voz de tempos atrás, mas o problema já era aparente. O repertório, nem preciso dizer, é muito ruim, com canções bem chatinhas e poucas realmente coesas. Enfim, este disco é fraquíssimo e trouxe muitos problemas. 

Melhores Faixas: Demorou Demais, Tristeza Do Jeca 
Piores Faixas: Pra Mudar A Minha Vida, Galera Felicidade (Ô Trem Bão / A Lua), Não Era Pra Ser Assim, Uma Grande Mentira, Toneladas De Paixão

Zezé Di Camargo & Luciano (2005) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 1/10


Dois anos se passaram, e os irmãos Camargo retornaram lançando outro disco tenebroso, o que já não era mais novidade. Após o álbum de 2003, Zezé Di Camargo & Luciano não fizeram nada de relevante, apenas lançaram uma grande coletânea contendo algumas de suas canções mais tocadas, muito provavelmente a mando da gravadora Sony, que agora tinha por completo o catálogo deles, sem mais precisar dividi-lo com a Columbia. A produção desse disco, conduzida como sempre por César Augusto, fez com que os arranjos fossem cuidadosamente elaborados para mesclar o Sertanejo tradicional com influências contemporâneas (principalmente de uma nova onda que surgia), buscando atrair tanto os fãs antigos quanto uma nova audiência. Só que tudo ficou tão sem identidade que parece uma colagem de músicas sem coesão. O resultado foi um repertório horrível, com canções chatíssimas. No fim, é um disco péssimo e completamente esquecível. 

Melhores Faixas: (...................) 
Piores Faixas: Meu Destino Te Escolheu, Foi, Fera Mansa, Paguei Pra Ver, Meu Coração (repetição exagerada), Vai Dar Tudo Certo (acho que não em)

Zezé Di Camargo & Luciano (2008) – Zezé Di Camargo & Luciano



















NOTA: 1/10


Era 2008, e após uma série de problemas, o Zezé Di Camargo & Luciano retornaram lançando mais um disco. Após o álbum de 2005, Zezé passou por uma cirurgia nas cordas vocais, e o médico recomendou que ele ficasse com a voz em repouso por oito meses. Só que isso não foi cumprido, pois, em questão de três meses, ele já estava pedindo para o empresário marcar shows, o que acabou prejudicando sua voz novamente. Mesmo marcando outra cirurgia, sua voz nunca mais voltou a ser a mesma, e, ainda assim, eles decidiram gravar outro material. A produção foi aquela mesma de sempre, com arranjos extremamente modernizados e uma sonoridade que entra em um loop superrepetitivo, deixando tudo sem consistência. O repertório é horroroso, as canções são totalmente enjoativas e repetem a fórmula de músicas antigas, sem nenhum brilho. No fim, este disco é tenebroso e mostra por que eles estavam caindo no ostracismo. 

Melhores Faixas: (..............) 
Piores Faixas: O Povo Fala, Nunca Amei Assim, O Que Vai Ser De Nós, Pelos Botecos Do Brasil, Vida Boa

Zezé Di Camargo & Luciano (2012) – Zezé Di Camargo & Luciano



















NOTA: 1,3/10


Quatro anos se passaram, e Zezé Di Camargo & Luciano retornaram lançando mais um disco, em meio a um clima de tensão. Após o álbum de 2008, a dupla enfrentou problemas, como as cordas vocais de Zezé, que continuavam fragilizadas, e o lançamento de outro álbum, desta vez duplo, o Double Face, no qual o segundo disco, composto por covers, acabou ofuscando as canções inéditas. Para piorar, em um show realizado em Curitiba, a dupla teve um desentendimento nos camarins e, por pouco, não se desfez. A produção, feita como sempre por César Augusto, trouxe aquela sonoridade de sempre, cheia de arranjos sem coesão e com poucas melodias que resgatassem o lado mais leve que tiveram anteriormente, resultando em um loop repetitivo. O repertório ficou muito ruim, sendo uma mistura de canções gravadas em estúdio e outras ao vivo, retiradas de um DVD deles, que são péssimas. No final de tudo, é outro trabalho tenebroso e completamente sem emoção. 

Melhores Faixas: (.......oh chatice......) 
Piores Faixas: Eu Assumo, Sonho de Amor, Labirinto, Em Algum Lugar Do Passado, Sou Seu Amor E Você É A Minha Vida, Eu Tô Na Pista Eu Tô Solteiro

Teorias de Raul – Zezé Di Camargo & Luciano



















NOTA: 3/10


Dois anos se passaram, e eles lançaram mais um disco, intitulado Teorias de Raul (até que enfim o título não é o nome da dupla). Após o álbum de 2012, Zezé Di Camargo & Luciano, mesmo após 20 anos de carreira, ainda tinham o desejo de continuar fazendo muito sucesso, assim como os novos artistas da porcaria do Sertanejo universitário estavam fazendo. Então, seguiram um caminho mais comercial. A produção foi praticamente a mesma, trazendo arranjos completamente modernos, mas que seguiam a linha melódica que a dupla sempre fez desde o início. Só que, é claro, muita coisa acaba ficando repetitiva demais e, ao mesmo tempo, desconectada das linhas vocais deles. O repertório é bem fraco, com algumas canções interessantes e outras feitas apenas para seguir tendências comerciais. Em suma, é um trabalho ruim, mas que, no mínimo, tem certa coerência. 

Melhores Faixas: Se For Pra Judiar, Seca Verde (isso aqui é muito Sertanejo de raiz), Coisas Do Amor, Pedaços De Fotografia 
Piores Faixas: Assim Será O Nosso Amor, Do Outro Lado Da Moeda (basicamente eles pegaram a faixa-título do álbum do Gusttavo Lima e colocaram aqui), Depende, Nada É Igual (I Can See Clearly Now), Cumplicidade, Para

Dois Tempos – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 2,2/10


Mais um tempo se passou, e Zezé Di Camargo & Luciano lançaram outro disco, o Dois Tempos. Após o Teorias de Raul, a dupla, vendo todo o sucesso dessas pseudo-duplas sertanejas de hoje em dia, pensou que poderia pegar essas influências e aplicá-las ao seu estilo musical, que seguia aquela fórmula do Sertanejo romântico, tornando o trabalho ainda mais comercial. A produção é praticamente a mesma, o que não é novidade, mas a sonoridade ficou ainda mais engessada, com maior destaque para as linhas dos músicos de apoio, assim como acontece com esse pessoal de hoje. Os arranjos são totalmente modernosos, mas tudo soa extremamente previsível. O repertório é muito ruim, com canções cansativas, muitas delas ridículas, e poucas realmente interessantes, além de algumas participações nada brilhantes. Enfim, é outro disco péssimo e, para piorar, ainda teria uma continuação. 

Melhores Faixas: Minha Vida, Cotovelo Vai Doer 
Piores Faixas: Amor De Motel, Já Foi O Nosso Tempo, Mentira, Intenso (participação do Jorge & Mateus, aí vocês já sabem né), The Prayer (participação da Wanessa Camargo e tudo cantado em inglês, que troço tenebroso)

Dois Tempos, Pt. 2 – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 2/10


Então, em 2017, chegamos ao último lançamento até o momento do Zezé Di Camargo & Luciano, Dois Tempos, Pt. 2. Após a primeira parte do Dois Tempos, eles continuaram fazendo shows de divulgação e dizendo que essa continuação seguiria a linha poética do álbum anterior (eu só não sei onde teve algo poético), mas, no resto, não trouxeram tantas novidades. A produção foi feita novamente por César Augusto, que basicamente seguiu a linha do Volume 1, apenas tentando deixar os arranjos o mais próximo possível dos primeiros trabalhos da dupla, já que, provavelmente, muita gente da crítica percebeu que eles estavam se aproximando demais do Sertanejo universitário. Mas, no geral, é a mesma porcaria de sempre. O repertório, novamente, é muito ruim, com canções sem emoção e extremamente chatas, e olha que, de novo, ainda teve algumas músicas que se salvaram. No final de tudo, é um disco horrível, que encerra essa série de forma bem abaixo do esperado. 

Melhores Faixas: Frio Na Primavera (boa participação do Fagner), Anjo Do Amor 
Piores Faixas: Boa Sorte, Deu Ocupado De Novo (participação da Marília Mendonça e que coisa ruim), Seu Fã, Eu Sempre Sonhei (esse tal de Felipe Duram é desafinado demais), Me Cambiaste La Vida (os cara cantando espanhol de novo, MEU JESUS)

    Então um abraço e flw!!!        

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