segunda-feira, 16 de junho de 2025

Analisando Discografias - Chuck D

                  

Autobiography Of Mistachuck – Chuck D





















NOTA: 8/10


Em 1996, Chuck D lançava seu 1º trabalho solo, o Autobiography of Mistachuck. Após o lançamento do Muse Sick-n-Hour Mess Age, o rapper buscou afirmar sua voz individualmente, sem o peso do Public Enemy, para explorar temas pessoais, sociais e políticos com maior liberdade. A década de 1990 já mostrava um cenário do Hip-Hop diversificado, com o surgimento do Gangsta Rap, mas Chuck D manteve sua postura crítica, voltada para a conscientização política. A produção foi conduzida pelo próprio rapper, com a ajuda de outros colaboradores, e aqui tudo segue uma pegada mais crua e minimalista, se comparada à densidade sonora do Public Enemy, mas ainda mantendo a agressividade e o peso das mensagens. A base instrumental utiliza batidas fortes, samples que remetem à música negra e toda aquela vibe do Boom Bap. O repertório é bem interessante, e as canções são reflexivas e precisas. Enfim, é um ótimo disco, mas que acabou ficando esquecido. 

Melhores Faixas: Underdog, Endonesia 
Vale a Pena Ouvir: Free Big Willie, But Can You Kill The Nigger In You?, No

Don't Rhyme For The Sake Of Riddlin' – Chuck D





















NOTA: 6/10


Foi só 14 anos depois que Chuck D decidiu lançar seu 2º trabalho solo, o último de inéditas até o momento. Após o Autobiography of Mistachuck, ele voltou seu foco para o Public Enemy e, depois de lançar How You Sell Soul to a Soulless People Who Sold Their Soul?, decidiu fazer algo particular, mas que também fosse mais abrangente, assim como em seu grupo. Por isso, não teve receio de apostar em colaborações ou remixes. A produção foi feita em sua maioria pelo próprio Chuck, que, com a ajuda de outros produtores menos conhecidos, colocou beats pesados, camadas densas de samples, ruídos urbanos, elementos de Funk, Soul e Rock, além de efeitos sonoros e scratches, tentando criar algo de modo experimental. Porém, tudo ficou muito desproporcional, parecendo uma espécie de colcha de retalhos. O repertório é bem irregular, com faixas interessantes e outras mais descartáveis. Em suma, é um disco mediano que acabou sendo renegado. 

Melhores Faixas: Tear Down That Wall, What's My Name (Ali Rap Theme), Run From The Trouble (MistaChuck Mixx) 
Piores Faixas: This Bit Of Earth, I Rap Black, Super Ego Man

Review: Eu Odeio o Dia Dos Namorados do Orochi

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