quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Djavan: Parte 1

                 

A Voz, O Violão, A Música De Djavan – Djavan





















NOTA: 10/10


Em 1976, o alagoano Djavan lançava seu álbum de estreia, o clássico A Voz, O Violão, A Música De Djavan. Antes deste lançamento, o cantor já havia ganhado destaque trabalhando como crooner de boates famosas, como a Number One e 706. Sua mudança para o Rio de Janeiro e a participação em festivais de música contribuíram para sua crescente notoriedade, culminando na oportunidade de gravar este primeiro trabalho solo com a Som Livre. O álbum foi produzido por Aloysio de Oliveira, figura influente na música brasileira, conhecido por seu trabalho com artistas como Tom Jobim e João Gilberto. A produção destaca a combinação da voz suave de Djavan com seu violão, criando uma atmosfera intimista que valoriza as composições, desde Samba, Folk e até Bossa Nova. O repertório é sensacional, com todas as canções sendo belíssimas, e tudo graças às ótimas melodias. No fim, é um trabalho espetacular e um dos melhores discos da música brasileira. 

Melhores Faixas: Flor De Lis, Para-Raio, Maria Das Mercedes, Fato Consumado, Maçã Do Rosto 
Vale a Pena Ouvir: Muito Obrigado, Quantas Voltas Dá Meu Mundo, Magia

Djavan (1978) – Djavan





















NOTA: 9,1/10


Então, dois anos se passaram, e Djavan lançou seu 2º álbum, autointitulado, que trouxe algumas mudanças. Após o A Voz, o Violão, a Música de Djavan, o cantor consolidou-se como um dos nomes promissores da Música Popular Brasileira. Além disso, ele saiu da Som Livre e assinou com a EMI. Com esse novo trabalho, ele veio para solidificar sua posição no cenário musical. A produção, feita por Máriozinho Rocha e Eduardo Souto Neto, apresenta arranjos que destacam a versatilidade do Djavan como compositor e intérprete. A produção cuidadosa equilibra elementos acústicos e elétricos, incorporando instrumentos como flauta, craviola e o sintetizador Oberheim, que adicionam texturas sofisticadas às composições. O repertório é bem interessante, com canções melódicas e mais detalhadas. No final de tudo, é um ótimo disco, que focou em um lado mais experimental do cantor. 

Melhores Faixas: Serrado, Minha Mãe, Numa Esquina De Hanói, Cara de Índio 
Vale a Pena Ouvir: Alagoas, Nereci, Água

Alumbramento – Djavan





















NOTA: 9,4/10


Já entrando na década de 80, Djavan lança seu 3º disco, o Alumbramento, que trazia a mesma fórmula dos anteriores. Após o álbum de 1978, o cantor explorou novas parcerias e sonoridades, refletindo uma maturidade artística e uma busca por inovação em sua música. A produção, feita novamente pela mesma dupla de produtores, apresenta arranjos que destacam a versatilidade de Djavan como compositor e intérprete, incorporando instrumentos como flauta, craviola e sintetizadores, adicionando texturas sofisticadas às composições. A presença de músicos renomados, como o acordeonista Dominguinhos, em faixas específicas, enriquece ainda mais a sonoridade do disco, que pegou muitas influências do Samba, Folk e, obviamente, da MPB. O repertório é muito bom, com canções belíssimas que alternam entre algumas envolventes e outras introspectivas. Sendo assim, um álbum sensacional, mostrando a versatilidade de Djavan. 

Melhores Faixas: Meu Bem Querer, Lambada De Serpente, A Rosa, Aquele Um 
Vale a Pena Ouvir: Sim Ou Não, Triste Baia Da Guanabara

    Então é isso, um abraço e flw!!!        

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